Caso Juliana Marins: como a radiocomunicação pode ajudar.

Amigos,
Muitos estão me procurando com dúvidas sobre o caso Juliana Marins, a publicitária que, infelizmente, se acidentou e faleceu no Monte Rinjani, na Indonésia. Querem saber da radiocomunicação, como o serviço pode ajudar e que equipamentos estão disponíveis para os praticantes de atividades ao ar livre.
Resolvi aguardar as informações do médico legista para publicar com responsabilidade.
Não entrarei em detalhes, mas as principais fontes afirmam que Juliana parou para descansar enquanto o seu guia prosseguiu sem esperá-la. Ao retornar, ele percebeu que a moça já não se encontrava no mesmo lugar.
Os turistas que passavam avistaram Juliana já distante e, com a ajuda de um drone, filmaram o local para avaliar a situação. Daquele ponto, a vítima parecia consciente e apresentava alguma mobilidade.
Tentaram contato gritando e anexando, ao drone, papel com a palavra WAIT (aguarde), mas juliana não respondeu e tampouco poderia ler a mensagem sem o seu óculos para cinco graus de miopia.
O triste desfecho, já conhecemos: Juliana não resistiu aos ferimentos.
Solução barata, democrática e de fácil acionamento
Um radiocomunicador é extremamente útil, embora ainda muito negligenciado no Brasil. Por negligência, entenda o não uso ou uso clandestino/irregular.
Um radiocomunicador teria preservado a vida de Juliana? Esta foi a principal pergunta que me fizeram. Respondi com outras:
Ao ser deixada para trás incomunicável, a vítima, cansada, teria se desesperado e, sem visibilidade ou coordenação, acabou caindo? Será que a comunicação por rádio teria mantido Juliana calma e/ou na rota certa?
Afinal de contas, como é que ela caiu? Enquanto ainda apresentava sinais de vida, a vítima poderia ter informado sobre queda e condição física tendo um radiocomunicador em mãos? E que orientações cruciais a equipe de socorro poderia transmitir a quem está em perigo?
Caros amigos, é preciso que todos carreguem, consigo, o simples recurso.
Mesmo quem usa satélite para a própria segurança deve portar radiocomunicador para escutar e atender aqueles que não desejam ou não podem pagar pelo serviço comercial. Caso fique sabendo de algum acidente ou desaparecido pela mesma região, o operador de rádio pode atuar como ponte entre vítima e central de atendimento.
Manual do Serviço de Radiocomunicação
Publicado em dezembro de 2024, o Manual do Serviço de Radiocomunicação traz o básico para você começar da forma correta. É gratuito.
O manual descreve os serviços disponíveis, esclarece sobre legislação e dá dicas sobre técnica e ética operacional.
O Protocolo de Áreas Remotas também é apresentado no capítulo Comunicação de Emergência.
Acesse www.radiocomunicador.com/manual e compartilhe. Para fazer contato por WhatsApp com o autor, clique aqui.
Permaneça em sintonia para atender e ser atendido!
Minhas condolências a família da Juliana.
Marcio Grassi Salvatti
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Imagens ilustrativas: Freepik.com, ChatGPT
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